Ilhas vulcânicas como vetores do turismo sustentável

Cabo Verde se destaca no turismo mundial, atraindo turistas em busca de suas águas transparentes, paisagens cênicas, prática de ecoturismo e esportes náuticos, dentre outras características que o tornam tão especial.

Com o objetivo de diversificar o setor de turismo e reduzir o impacto nas ilhas mais visitadas, o Governo de Cabo Verde vem realizando ações e estudos mediante apoio da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) do Banco Mundial para elaboração de Projetos de Desenvolvimento Turístico que visam a criação das condições necessárias para aumentar o investimento e o desenvolvimento turístico sustentável no arquipélago.

Este trabalho contempla o desenvolvimento do Master Plan de turismo das Ilhas de Fogo e Brava, visando identificar as particularidades, potencialidades e necessidades específicas de cada ilha para um desenvolvimento turístico coerente com o território.

As ilhas de Fogo e Brava são caracterizadas por sua riqueza cultural e paisagem natural cênica. No entanto, estão dentre as ilhas que recebem menos de 10% do total de turistas que visitam o país, devido a fatores diversos. As ilhas de Sal e Boa Vista são as que recebem a grande maioria dos turistas e as mais procuradas no turismo internacional.

O trabalho envolve uma etapa inicial relevante de compreensão de questões relacionadas à dinâmica do turismo na região, além de considerar a demanda turística nas ilhas, análise do inventário turístico, atrativos e infraestrutura turística, bem como suas principais características e identificação das oportunidades e desafios para composição de novos roteiros ou fortalecimento de produtos existentes.

1) Turismo de trilhas, Rural, Cultural e Náutico; 1.1) Santo Antão; 1.2) São Vicente; 1.3) São Nicolau; 2) Turismo de Sol e Praia; 2.1) Sal; 2.2) Boa Vista; 2.3) Maio; 3) Turismo de Negócios; 3.1) Santiago; 4) Turismo de Experiência; 4.1) Brava; 4.2) Fogo.

A construção da visão de futuro para as ilhas considera a definição de estratégias e planos de ação considerando uma articulação da região das duas ilhas para a promoção e desenvolvimento do turismo. O turismo de experiência é priorizado, permitindo diversas formas de engajamento do visitante com o local. Nas áreas de atuação estratégica são identificados os segmentos e produtos turísticos potenciais que direcionam às propostas, divididas entre ações e projetos.

Cada ilha apresenta características distintas em termos de segmentos turísticos. Os produtos turísticos foram desenvolvidos e entendidos dentro de um conjunto de experiências e organizados por meio de roteiros, que buscaram conferir uma identidade própria e única aos locais que foram definidos a partir do fortalecimento e consolidação de circuitos turísticos existentes e criação de novos, envolvendo atrativos potenciais ainda não explorados.

1) Travessia; 2) Agroturismo; 3) Mosteiros; 4) Gastronómico e enológico; 5) Volta a ilha; 6) Cova figueira; 7) Trilhas chã das caldeiras; 8) Patrimônio imaterial; 9) São filipe; 10) Chã das caldeiras; 11) Mar; 12) Salinas.

Para a Ilha do Fogo, que possui circuitos turísticos já consolidados e atrativos, foi proposto o fortalecimento dos mesmos, com implementação de melhorias, intervenções e conexões com novos circuitos. O objetivo foi diversificar as opções oferecidas aos visitantes, aumentando seu tempo de permanência e ampliando as experiências e vivências em cada atrativo. A imagem destaca os roteiros diversos e suas conexões.

1) ilheus; 2) festividades; 3) nova sintra; 4) trilhas; 5) mar; 6) agroturismo; 7) essencial; 8) agroturismo;

A proposta para a Ilha Brava priorizou o fortalecimento dos circuitos de visitação existentes e criação de novos circuitos, identificando seu conceito, características gerais, atrativos e atividades existentes, além de propostas e intervenções necessárias. A imagem apresenta os circuitos existentes na Ilha ou de implementação a curto prazo.