
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO
Vivenciando o Jardim Botânico
Um dos mais importantes centros de pesquisa nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi fundado em 1808, com o objetivo de criar um local para aclimatação de espécies vegetais originárias de diversas localidades do mundo. Assim, ao longo das décadas de 1810, 1820 e de 1830 em diante, o Jardim Botânico foi local de investigações de diversas culturas, visando obter matérias-primas para a produção de mercadorias, inclusive para exportação. Além de conformar o espaço para as pesquisas científicas, o Jardim Botânico foi ganhando espaço como área de lazer para a população.
Na história recente do Jardim Botânico, as ações de pesquisa e conservação ganharam impulso e hoje o local é mundialmente reconhecido como espaço integrado de cultura, meio ambiente e conhecimento científico. O projeto visa a elaboração de estudos para fortalecimento das áreas de uso público do Jardim Botânico, com intervenções que potencializam seu caráter como espaço de lazer da população, valorizando sua história e patrimônio natural, cultural e científico.
O estudo partiu de análises do plano diretor, do contexto urbano no qual o Jardim Botânico está inserido e suas relações com o entorno, com elaboração de diagnóstico e chegando em propostas relacionadas a melhorias na dinâmica de visitação, acessos e acessibilidade, infraestrutura e serviços, atrativos e outros elementos de apoio à visitação.
O entorno imediato do Jardim Botânico é caracterizado por áreas residenciais e de comércio ao sul e ao norte, respectivamente com urbanização mais e menos consolidada. Ao leste, o limite com o Jockey dificulta o acesso e a integração do Jardim com o tecido urbano.
Atualmente, a infraestrutura de visitação caracteriza-se por duas áreas principais: o eixo cultural, composto pelo acesso e estruturas de suporte à visitação – como alimentação, loja, bilheteria e outros – e o Arboreto, composto pelas áreas de jardim e outros atrativos complementares.
A proposta cria uma alteração no fluxo de visitação, com definição de núcleos que apresentem ao menos um atrativo âncora. Dessa forma, espera-se potencializar outras áreas do parque, permitindo uma diversificação das atividades, além de um maior tempo de permanência do visitante e oferta de serviços e estruturas de apoio com maior qualidade.
A estruturação dos núcleos também permite a definição de roteiros de visitação com diferentes durações e voltados para um perfil de público diverso, buscando atender a diferentes necessidades.



As intervenções no núcleo de acesso principal auxiliam numa melhor ordenação da visitação, possibilitando também que o visitante acesse o Eixo Cultural sem necessidade de compra de ingresso para o Arboreto. O Eixo Cultural apresenta grande potencial de conexão do território do Jardim com o entorno urbano, contendo museus, teatro, núcleo educacional, salas de exposições, serviço de alimentação, praça de descanso e eventos, entre outros.
Propusemos um novo centro de visitantes e um mercado de produtos brasileiros associado aos espaços culturais e de alimentação, fomentando a interação das pessoas com o espaço do Arboreto.

Os demais núcleos recebem reformas e/ou novas intervenções visando requalificar a experiência de visitação. O Núcleo Casa na Árvore, por exemplo, recebe uma passarela elevada e um restaurante suspenso, aproveitando as vistas das copas das árvores. Nas ruínas da Fábrica de Pólvoras, é proposta a remodelação do serviço de alimentação existente, com maior aproveitamento do espaço.
O lago, o cactário e o jardim japonês recebem estruturas de apoio à visitação que permitem que o visitante passe mais tempo no local. Novo mobiliário, deques e redários são propostos para as áreas livres permitindo ao usuário maior contato com a natureza do local.


