Panificadora em Perdizes

SÃO PAULO – SP

Natureza como premissa para arquitetura na cidade

Uma oportunidade de trabalhar os jardins integrados à arquitetura no meio da cidade de São Paulo fez com que a Natureza Urbana desenvolvesse um projeto para uma Panificadora em Perdizes, bairro próximo à região central da cidade.

O projeto tem como ponto de partida a relação visual com o entorno e com a árvore que destaca o terreno. A partir destes elementos são desenvolvidos módulos, que através de variações volumétricas criam áreas de terraços e jardins elevados, conectando visualmente os diferentes níveis e criando uma relação fluída entre espaço público e ambiente construído, o que faz da edificação um importante elemento de atração visual e convite para o público-alvo.

legenda: 1) cozinha/serviços; 2) área técnica; 3) sanitários; 4) restaurante; 5) experiência; 6) padaria; 7) gôndolas; 8) café/banca.

Os módulos do projeto são uma releitura conceitual das galerias comerciais criadas nas áreas centrais das cidades europeias no século XIX. As galerias conectavam o espaço público a salões, cafés e lojas, oferecendo ao público espaços confortáveis, protegidos e diversificados.

A modulação proposta cria a dimensão espacial das galerias e a condição para absorver distintas condições de exposição de produtos, oferta de serviços, e conexão com o público. Assim, tem-se uma edificação mais fluida, iluminada, atrativa e eficiente para o seu propósito de mergulhar o visitante no mundo da panificação e produtos associados.

legenda: 1) pavimento térreo: a) jardins; b) café/lanchonete; c) área de gôndolas; d) caixas; e) padaria; f) acesso; g) estacionamento; 2) primeiro pavimento: h) terraço; i) sanitários; j) área técnica; k) cozinha; l) estoque; 3) segundo pavimento: m) restaurante; n) buffet.

Os módulos fragmentados e distribuídos espacialmente criam áreas de pátio e terraços, que dão variedade à volumetria e conectam os ambientes internos e externos. Assim, o verde se expande pela edificação em todos os níveis e integra a arquitetura aos elementos naturais do terreno.

A materialidade proposta parte de elementos e cores suaves que contrastam com a paleta de cores do interior e a vegetação. A ideia é retratar um ambiente sofisticado e ao mesmo tempo confortável, que estimule a permanência dos clientes por meio da experiência cromática e espacial.