
Parque Estadual Capivari
Renovação do turismo em Campos do Jordão
O Parque Capivari está localizado no bairro Capivari, ponto central de encontro dos que visitam Campos do Jordão. A região caracteriza o centro turístico e comercial da cidade, bastante ativo, com lojas, restaurantes, bares e cafés, além de abrigar eventos e festivais culturais em diferentes épocas do ano.
No início do projeto observamos a pouca diversidade de atrações para famílias e crianças que fossem complementares à oferta comercial do centro do Capivari. A própria oferta comercial se tornou pouco variada ao longo dos anos, com muitas lojas de souvenires e venda de produtos mais voltados para um turismo de massa. Com isso, parte do público que vai a Campos do Jordão com frequência acaba dando preferência a outros atrativos na região.
O Parque é o grande diferencial do Capivari, sendo assim, a revitalização desse espaço público, conectado com o bairro, possibilita a transformação e revitalização necessárias na região. Uma das estratégias do projeto consistiu em atrair o público ao Parque ao oferecer novos atrativos com foco em um público de perfil diverso, além de renovar a oferta comercial buscando novos conceitos e produtos que valorizam a região e a produção local.
Desenvolvemos o trabalho desde as etapas de licitação até a execução obra, envolvendo projeto de urbanização, arquitetura, paisagismo e gerenciamento e compatibilização dos projetos complementares. Também desenvolvemos e implementamos o projeto de sinalização externa do parque e interna das edificações projetadas.

Na fase de licitação, realizamos um diagnóstico do parque e seu entorno, avaliando as possibilidades de melhorar seus acessos e conexões com o tecido urbano já consolidado do Capivari, além de valorizar os elementos naturais e históricos existentes no lugar. O masterplan e os estudos conceituais desenvolvidos colaboraram para que o cliente vencesse a licitação e serviram como base para a realização do projeto urbanístico das áreas externas e projeto arquitetônico das edificações.
O projeto tomou como partido o potencial paisagístico do local, com destaque para o lago e as vistas para o Morro do Elefante, que abriga uma das porções do parque contendo o mirante e a estação do teleférico. No interior do Parque trabalhamos com algumas edificações pré-existentes como a Estação de trem Emílio Ribas que tem grande relevância histórica relacionada à Estrada de Ferro de Campos do Jordão (EFCJ).
O parque insere-se em uma cota mais baixa em relação ao centro comercial do bairro, o que o deixa visualmente isolado das demais dinâmicas do bairro. A topografia, então, foi o elemento essencial para as soluções projetuais, que buscaram a transição de níveis de forma integrada e com fluxos contínuos entre o bairro e o acesso central do parque.


O partido do projeto teve como premissa a liberação do espaço central do parque como local de encontro, eventos e contemplação, destacando os elementos preexistentes e naturais. As novas edificações foram implementadas no perímetro do parque, integradas à topografia e conformando uma nova fachada no acesso ao parque.
O projeto foi desenvolvido em fases distintas: as primeiras abriram melhorias nos acessos e estacionamentos, seguidas da urbanização do parque e do desenvolvimento das edificações e das intervenções no Morro do Elefante. Entre as fases de urbanização e de construção das novas edificações, propusemos uma praça comercial composta por contêineres que ofereceram serviço de alimentação e lojas.

Foram trabalhados elementos lineares no mobiliário, piso, guarda-corpo e fachada das edificações, remetendo à história da EFCJ, ao movimento do trem e dos trilhos.


O paisagismo cria diferentes cenas ao longo do parque, por meio de manchas de vegetação com texturas e cores diferentes, que mesmo de longe podem ser vistas.


O sistema de sinalização orientativa desenvolvido buscou a máxima harmonia em relação aos atributos naturais e históricos do lugar, bem como ao projeto urbanístico e arquitetônico e à marca do Parque. Os suportes de sustentação são verticais e remetem à linearidade, continuidade e ritmo do partido arquitetônico e urbanístico do projeto. Estes, por sua vez, recuperam os elementos e a memória da EFCJ. Os componentes do sistema dividem-se em quatro tipologias, organizadas em grupos referentes ao tipo de informação/comunicação que transmitem.






