
Parque da Gare
PASSO FUNDO – RIO GRANDE DO SUL
Patrimônio histórico e Mercado integrados em um parque
Com a desativação da linha férrea em Passo Fundo, no rio Grande do Sul, o Parque da Gare passou a ocupar o local da antiga estação de trem em 1986. Ao longo dos anos, o local passou por um processo de abandono e consequente degradação. Este trabalho foi desenvolvido por meio do Programa de Desenvolvimento Integrado de Passo Fundo (PRODIN) com o objetivo de revitalizar a parte urbanística e paisagística do parque, introduzindo infraestruturas diversas e equipamentos de lazer.
O projeto arquitetônico contemplou o desenvolvimento de um novo prédio para a Feira do Produtor, nova lanchonete, nova zona de banheiros, uma zona polivalente e equipamentos como pistas de skate, quadra poliesportiva, pista de bicicross, brinquedos em um parque acessível, anfiteatro biblioteca. O grande espaço verde e maciço de árvores existentes foi preservado, as águas do Lago da Gare foram tratadas e seu desenho foi revitalizado e integrado ao desenho do parque.
Foram realizados os projetos básicos e executivos de paisagismo, arquitetura, urbanização e projetos complementares do parque.
Um dos sócios da Natureza Urbana foi o coordenador geral deste projeto pelo IDOM, convidando membros da equipe, então também contratados pela IDOM, a participarem.
Localizado na zona central de Passo Fundo, o parque conforma um relevante espaço público para o município.

Além das novas infraestruturas distribuídas nos mais de 69 mil m2 de área do parque, o projeto incorporou e requalificou todas as infraestruturas tombadas preexistentes no local, mantendo seus traços originais. O espaço urbano, desenhado para ser usufruído com elementos de convívio e contemplação, recebe melhorias nos percursos e na organização interior do parque. A intervenção no piso é dividida em dois tratamentos distintos: a parte interna do parque recebe piso de concreto e a parte externa, que se relaciona com a cidade, recebe uma pedra típica da região, utilizada nos calçamentos do município.
A topografia variável conformou um desafio inicial que logo se abriu como oportunidade de projeto – as edificações se conectam às distintas cotas do terreno, possibilitando a organização do programa interno e sua relação com o ambiente externo. Pontes e passarelas ajudam na transposição das diferentes barreiras do local, equipado com estruturas que se adequam ao terreno e se tornam espaços de contemplação, como deques e degraus, ou como espaços de lazer, a exemplo dos escorregadores.



A estrutura do Prédio da Feira do Produtor é composta por um sistema estrutural concreto e metálico, originando um grande espaço central aberto e isento de pilares. O seu interior é organizado espacialmente por rampas que conectam três espaços interiores a diferentes cotas. O primeiro contém a zona de apoio, com banheiros, depósitos e instalações. No patamar intermediário, está a praça de alimentação que se conecta a um dos acessos do parque. Por fim, no um patamar inferior, estão as zonas fixas dos frios, conectando-se ao outro acesso e estacionamento.









